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Vozes do Samba

Abra os ouvidos para vozes que marcaram o gênero e se mantém na memória coletiva até os dias de hoje

Chiquinha Gonzaga

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(1847 - 1935)

Compositora e regente carioca, Francisca Edwiges Neves Gonzaga (1847 - 1935), foi filha e neta de mulheres escravizadas. Se destaca na história da cultura brasileira com a luta pela liberdade e pelo seu pioneirismo. Enfrentou a sociedade patriarcal e atuou no rico ambiente musical do Rio de Janeiro do Segundo Reinado. Incorporou ao seu piano diversidade e produziu obras fundamentais para a formação da música brasileira.

(Foto: Reprodução)

Tia Ciata 

(1854 - 1924)

Hilária Batista de Almeida foi uma sambista e Mãe de Santo brasileira. Filha de Oxum, foi uma das responsáveis pela sedimentação do samba-carioca e tornou-se uma espécie de primeira dama das comunidades negras da Pequena África. Promovia festas onde o samba e o candomblé se encontravam, e teve muitos sambistas como Donga e Pixinguinha sob o seu teto.

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(Foto: Domínio Público)

Paulo da Portela

(1901-1949)

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(Foto: Reprodução)

Compositor e músico, Paulo Benjamin de Oliveira, foi um sambista brasileiro. De família pobre, trabalha desde cedo em uma pensão, entregando marmitas à domicílio, e se estabiliza posteriormente na profissão de lustrador. Frequentava a casa de Ester Maria de Jesus, onde se realizavam festas de candomblé e rodas de samba. Luta contra a perseguição policial do samba no Rio de Janeiro, buscando manter o alvará para suas realizações. Credita-se à ele a introdução do desfile da alegoria, da caixa-surda, do reco-reco, da comissão de frente uniformizada e do apito da bateria. Grava apenas três sambas de sua autoria, mas suas composições seguem eternizadas sob o nome de outros músicos.

Cartola

(1908-1980)

Compositor e músico, Agenor de Oliveira não viveu exclusivamente da música. Foi tipógrafo, contínuo do Ministério da Indústria e Comércio, gráfico e pedreiro. Suas composições foram espalhadas pelo Brasil por nomes como Mário Reis, Carmen Miranda e Francisco Alves. Teve uma vida difícil, e viveu e respirou sua música, com composições sobre diversos tipos de amor e sobre a realidade que vivia.

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(Capa do LP 'Verde que te quero rosa', de Cartola — Foto: Ivan Kligen)

Zé Keti

(1921-1999)

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Compositor e cantor, José Flores de Jesus cresceu com a música. Filho de um flautista e pianista, tinha em casa frequentes rodas de música, com presença de personalidades como Cândido (Índio) das Neves e Pixinguinha. No fim da década de 1930, compõe suas primeiras marchinhas de Carnaval, sem conseguir gravá-las. Trabalhou em fábrica de calçados, foi Polícia Militar (PM) e trabalhou em uma gráfica até ter suas composições gravadas por personagens como Jorge Goulart. Frequentador assíduo da noite carioca, é um importante nome do samba raiz, junto com Cartola.

(Foto: Arquivo Nacional / Domínio Público)

Dona Ivone Lara

(1922 - 2018)

Ivone Lara da Costa foi cantora e compositora brasileira. Aprimorou seu samba ao longo de sua vida, principalmente após frequentar a Escola de Samba Prazer da Serrinha. Enfermeira formada, também dedicou-se a trabalhos em Hospitais Psiquiátricos, especializada em Terapia Ocupacional. Em 1965, ingressou na Ala de Compositores do Império Serrano e compôs, com Silas de Oliveira e Bacalhau, o clássico "Os cinco bailes tradicionais da história do Rio" ou “Os cincos bailes da corte”. É madrinha da ala dos compositores de sua escola Império Serrano e desfilou desde 1968 na ala das baianas.

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(Foto: Agência O Globo)

Candeia

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(1935 - 1978)

Sambista, cantor e compositor brasileiro, Antônio Candeia Filho nasceu em rodas de samba. Sua obra se conecta à cultura afro-brasileira, defendendo batuques dos terreiros de religiões de matriz africana, a capoeira, as próprias rodas e as quadras de escola de samba. Ficou paraplégico devido a uma bala, o que afetou seus sambas e visão de mundo. A depressão causada pela condição trouxeram à sua música liricidade e intimidade, tanto no partido-alto, quanto no samba-canção e samba-enredo.

(Foto: Agência O Globo)

Paulinho da Viola

(1942)

Paulo César Batista de Faria é um violonista, cavaquinista, cantor e compositor de samba brasileiro. Nascido num ambiente repleto de música, gravou ao longo dos anos 70 em média um disco por ano, ganhando diversos prêmios e se apresentando pelo Brasil e pelo mundo. É visto hoje como um elo entre as tradições populares como o samba, carnaval e o choro, além de suas peças de vanguarda. Um dos maiores representantes do samba e herdeiro do legado de Cartola, Candeia e Nelson Cavaquinho, produzindo sem abandonar seus princípios.

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(Foto: Reprodução/ Instagram)

Jovelina Pérola Negra

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(1944 - 1998)

Batizada como Jovelina Batista Belfort (1944 - 1998), foi uma importante compositora e sambista brasileira. Trabalhou como empregada doméstica até seus 40 anos, quando um produtor local descobriu seu potencial em um pagode. O primeiro álbum que participou foi o “Raça Brasileira”, onde participou de três faixas. Interpretava o subgênero do samba chamado Partido Alto, que oferece improvisação vocal e oportunidades de canto para o público.

(Foto: Reprodução)

Almir Guineto

(1946 - 2017)

Almir de Souza Serra (1946 - 2017), foi o fundador do Fundo de Quintal, importante grupo de samba e um dos grandes representantes do samba de raiz. Vindo de uma família de músicos, participou do Bloco Carnavalesco Cacique de Ramos. Teve suas composições cantadas por Zeca Pagodinho, Beth Carvalho, Jorge Aragão, e muitos outros.  

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(Foto: Agência Brasil / EBC)

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